And my tears keep falling



- Do you have any idea how much I love you?


Eles se encararam, por o que poderia ser uma eternidade, mas eram apenas poucos segundos. Então ela se inclinou para beijá-lo e ele correspondeu, da mesma forma sôfrega com que ela o fazia. Ele a segurou, firmemente pela cintura, enquanto ainda se beijavam e foi para cama, onde a colocou com cuidado, sentada. Naquele momento, ela teve certeza de que era aquilo que queria. Não era um impulso, não era uma rebeldia. Ela apenas o presenteava, com todo o seu amor, com toda a sua alma. Não importava se ele não estivesse lá amanhã, se ele nunca mais estivesse. Ela ao menos havia aproveitado a relação em todas as maneiras possíveis, e iria se lembrar com um sorriso no rosto e um gostinho de saudades, não pensando em como poderia ter sido.



Ele abriu a blusa dela e tirou, para logo em seguida ela fazer o mesmo com ele. Ele não estava nervoso, ele não tinha medos, ele sabia que ela estava certa daquilo. Ela poderia ter a idade de uma adolescente, mas apenas isso. Ela era experiente, madura. E ele a amava por isso também. A deitou na cama e entrelaçou seus dedos aos dela, enquanto a beijava. Agora estavam mais calmos, saboreando cada momento, saboreando a despedida, porque essa era a verdade.



Eles não tinham certeza de como as coisas aconteceram, de como as roupas foram todas tiradas, mas ela se lembrava de cada beijo, cada carícia. Ele secara suas lágrimas delicadamente, ele a encarara no momento certo, sorrira com o coração e ela respondera com mais lágrimas. Fora calmo, lento, paciente. O tempo todo ele dissera que a amava, lhe beijara docemente, lhe acariciara suavemente. Ela estava em transe, em êxtase. Nada poderia se comparar aquilo.



- Eu te amo – ela disse em meio a lagrimas e sorrisos. 



- Eu também te amo – ele sorrira e a beijara outra vez.



Quando ela acordou na manhã seguinte, ele já havia ido. E então ela chorou, sozinha, tudo o que segurara na noite anterior. Depois, de ter tomado café e se trocado, ela colocou aquelas lembranças em um lugar seguro em sua memória e seu coração.

4 comentários

  1. De primeira eu parei, tentando conciliar meu coração com a possibilidade de não ser uma coisa ruim, uma boa despedida, um bom adeus pra um amor. Mas aí eu abri a música e putz, que tristeza.

    ResponderExcluir

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger