Incertezas.


- Alô? - ele atendeu o telefone rapidamente e por um instante arrependi de ter ligado.
- Oi - respondi, com a voz baixa. Queria uma conversa normal, de amenidades, de felicitações por tudo que tem acontecido na vida dele, era melhor manter um tom neutro.
- Oi, ardilla - ele disse e eu sabia que havia sorrido.
- Como você está?
- Bem e você?

Magic.


Ela mexia as perninhas, enquanto olhava para o móbile dependurado em seu berço. Bruna encarava aqueles unicórnios que balançavam e brilhavam conforme a luz batia. Eles eram transparentes, mas havia momentos que pareciam ter todas as cores do arco-íris. Ela esticou um bracinho na esperança de alcançá-los, mas eles estavam muito distantes. Então ela começou a se sentir entediada, a casa estava em completo silêncio e não havia nada para fazer.

Sobre alguém especial.


- Alô? - Bárbara atendeu o telefone que tocava escandalosamente.
- Oi! - Alice a saudou do outro lado da linha.
- Olha, quem é vivo sempre aparece!
- Nem faz tanto tempo assim - Alice resmungou. - Te liguei no seu aniversário.
- Verdade, havia me esquecido disso.
- É a demência da idade - Alice gargalhou.
- Alice, vá à merda! - e Bárbara riu também. - Por que você está me ligando tão próximo da última vez que nos falamos? Normalmente nossas ligações são mais espaçadas.
- Você se esqueceu que dia é hoje?

Love, love, love.



- Good morning, sunshine – ele saudou assim que ela abriu os olhos e lhe deu um beijo na bochecha.
- Bom dia – ela disse com a voz grogue de sono. – Quantas horas?
- A hora que você quiser que seja – ele tinha um sorriso enorme nos lábios.
- Meio-dia. Estou morta de fome e já pensando no almoço.
- Então é meio-dia, sunshine.
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