Love, love, love.



- Good morning, sunshine – ele saudou assim que ela abriu os olhos e lhe deu um beijo na bochecha.
- Bom dia – ela disse com a voz grogue de sono. – Quantas horas?
- A hora que você quiser que seja – ele tinha um sorriso enorme nos lábios.
- Meio-dia. Estou morta de fome e já pensando no almoço.
- Então é meio-dia, sunshine.
- Você é perfeito, sabia? – ela esfregou os olhos, para abri-los melhor.
- Tento ser – ele deu de ombros e passou a mão sobre o cabelo dela. – O que você quer para o almoço?
- Macarrão – ela fez uma careta. – Com muito molho.
- Então é isso que você terá.
- E eu te amo – ela estendeu os braços a fim de puxá-lo para si.
- Eu também te amo. E aqui está sua flor do mês - ele estendeu uma gerbera vermelha.
- Maio agora é vermelho? - ela pegou a flor.
- Apenas se você quiser que seja.
- Pode ser - ela sorriu e passou a flor na bochecha. - Obrigada.
- Mês que vem tem outra - ele piscou.
Era um hábito adquirido por eles desde o casamento: uma flor por mês, em qualquer dia, a qualquer momento. Cada ano um tipo, cada mês uma cor. Ela sempre dizia que em algum momento as flores do mundo se acabariam, ou algum tipo não teria doze cores. Mas ele não se importava, sempre dava um jeito de conseguir.
- Vai tomar um banho enquanto preparo seu almoço.
Marina levantou da cama e foi para o banheiro, enquanto André foi para a cozinha. Ele gostava de fazer as vontades dela num dia qualquer. Aquele dia era um sábado às nove da manhã, mas se Marina queria que fosse meio-dia, então seria. Ele cantava alguma música antiga, quando ela entrou na cozinha cheirando a lavanda.
- Eu posso escolher o dia também? – ela o abraçou por trás.
- Claro.
- Nosso aniversário de um ano.
- Por quê?
- Aquele é um dos meus dias preferidos.
- Foi só um aniversário.
- Foi diferente – ela se soltou dele e encostou-se ao balcão. – Foi especial, meio mágico.
- Teve um piquenique.
- E vaga-lumes no outono – ela sorriu.
- E vaga-lumes no outono – ele repetiu. – Você gosta dos pequenos detalhes da vida, já percebeu?
- Sim – ela fez uma careta e ele a achou linda por isso.
- É uma das tantas coisas que amo em você. Você às vezes para tudo que está fazendo apenas para observar as cores do pôr do sol, ou uma borboleta voando.
- Eu sou meio boba.
- Uma boba que eu amo – ele lhe beijou a ponta do nariz. – Pode se sentar, pois o seu macarrão está pronto.
- Já? Você foi rápido.
- Macarrões são rápidos.
- Sim – ela se sentou à mesa. – Agora falando sério, são quantas horas?
- Quase dez – ele se juntou a ela.
- E você fez nosso almoço a essa hora?
- Você pediu.
- Mais uma vez: eu te amo. Muito. Muito mesmo.
- Eu também, sua boba – ele gargalhou. – Planos para hoje?
- Só ficar com você. Não preciso de mais nada.
- Você precisa de comida constantemente. Você é meio esfomeada.
- E você continua me amando.
- Mesmo devorando a casa inteira.
- Mesmo assim.

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