- Heeey, o que você está fazendo aí sozinha? - Thais se aproximou de Letícia. - Está todo mundo se divertindo e você aqui.
- Mexendo no celular.
- Como sempre. Vem, vamos pra lá.
- Não, Tha, eu quero ficar aqui hoje.
- Por quê? - Thais se sentou no chão, ao lado da amiga. - Aconteceu alguma coisa? Você quer ir embora? Está passando mal? Brigou com alguém?
- Wow, uma pergunta de cada vez. Sim, aconteceu, eu quero ir embora, eu não sei exatamente o que estou sentindo e não, não briguei com ninguém.
- O que aconteceu?
- Nada. Ainda estou processando isso.
- Deixa de ser chata, Let. Me conta logo.
- Chata é você por insistir.
- Uuuu, você está com a macaca hoje, hein? Vou te deixar sozinha então - Thais fez menção de se levantar.
- Não! - Letícia a segurou pelo braço. - Não me deixa sozinha, por favor? Eu não posso exatamente ir embora, então fica aqui comigo.
- Aqui?! Nesse canto afastado de todo o resto, enquanto uma festa de aniversário está acontecendo em meio ao nosso trabalho exaustivo?
- Você pondo as coisas assim soa pior do que eu pensei.
- Pois é. Vamos lá, a gente come um pedaço de bolo, conversa com o pessoal e enrola para voltar ao trabalho. Isso soa muito bem.
- Eu sei - Letícia fez uma careta.
- O Gustavo está olhando pra cá. Daqui a pouco todos estão e nós vamos parecer duas estranhas.
- Não é por isso que ele está olhando. Ou talvez seja, sei lá!
- O que aconteceu é entre você e ele? - Letícia confirmou com a cabeça. - O quê, exatamente?
- Até parece que você não percebeu, né Thais?
- É claro, eu percebo tudo. Mas não fui a única, todo mundo já sabe.
- O QUÊ?!
- Você meio que deixou na cara, Letícia. Todos estão se perguntando que horas você vai parar de enrolação e ficar com ele logo.
- Isso não é legal. Nem eu mesma tenho certeza do que fazer e vocês já estão decidindo por mim?
- Bom, se você fosse mais discreta... E eu acho que ele gosta de você também.
- Por que você diz isso?
- Se não gostasse, ele parava de olhar - Thais indicou Gustavo com a cabeça. - Nós não somos as únicas no ambiente, então ele também podia disfarçar melhor.
- Ele tem me provocado quando estamos só nós dois. E ele me beijou aquele dia, eu te contei isso.
- Até parece que você não percebeu, né Thais?
- É claro, eu percebo tudo. Mas não fui a única, todo mundo já sabe.
- O QUÊ?!
- Você meio que deixou na cara, Letícia. Todos estão se perguntando que horas você vai parar de enrolação e ficar com ele logo.
- Isso não é legal. Nem eu mesma tenho certeza do que fazer e vocês já estão decidindo por mim?
- Bom, se você fosse mais discreta... E eu acho que ele gosta de você também.
- Por que você diz isso?
- Se não gostasse, ele parava de olhar - Thais indicou Gustavo com a cabeça. - Nós não somos as únicas no ambiente, então ele também podia disfarçar melhor.
- Ele tem me provocado quando estamos só nós dois. E ele me beijou aquele dia, eu te contei isso.
- Você tem que falar com ele, não?
- Eu não sei. Talvez. Eu... Eu fico pensando se estou assim só por causa da nossa proximidade.
- Pode ser, mas a maioria das pessoas se apaixona assim - Thais fez uma careta, como se o que a amiga houvesse dito fosse um absurdo.
- A gente trabalha junto, Tha. Não dá certo isso.
- É só vocês fazerem dar certo. Você está colocando empecilho onde não tem, Letícia.
- Não é assim tão fácil, Thais.
- Você que está dizendo.
As duas ficaram em silêncio por alguns segundos até que o celular de Letícia vibrou.
- Está chovendo, quer uma carona pra casa? Soube que está sem carro - Thais leu a mensagem. - É, eu acho que alguém vai se dar bem hoje.
- Claro que não, você vai me levar pra casa.
- Não mesmo. Vai com ele, Let, e deixa rolar se tiver de rolar.
- Sério?
- Acho que alguém está se apaixonando - Thais gargalhou, se levantou e afastou da amiga.
Letícia não sabia exatamente o que fazer, ela estava a ponto de enlouquecer com aquilo tudo. Ela observava Gustavo de longe e, vez ou outra, ele correspondia o olhar com um sorriso. Até que, quase no fim da noite, ele se aproximou oferecendo a carona novamente. Ela estava receosa em aceitar, mas acabou fazendo-o.
- Você quer subir um pouco? Tomar alguma coisa, sei lá - Letícia disse já na porta do seu prédio.
- Tem certeza? - ela apenas deu de ombros. - Okay, então.
Ela fez sinal para que o porteiro abrisse o portão e Gustavo entrou com o carro. O trajeto até o apartamento dela foi todo feito em silêncio, cada um absorto em seu pensamento.
- O que você quer tomar?
- Pode ser um suco.
- De quê?
- Qualquer coisa.
- As opções são muitas, Gustavo. Nós poderíamos ficar aqui a noite toda.
- Não seria uma má ideia - ele sussurrou.
- O que você disse?
- Nada.
- Você vai ficar nessa?
- Qual seria essa? - ele zombou, com um sorriso no rosto.
- Assim - ela estendeu a mão, como se mostrando algo que deveria estar ali.
- Eu poderia ficar de outro jeito.
- O quê?
- Esquece, Let - ele soltou uma leve risada. - Eu quero fazer uma coisa há tempos, então... - ele pegou no braço dela, a aproximando dele.
- Então?
- Eu vou fazer - Gustavo passou a mão direita pelo pescoço dela, entrelaçando seus dedos pelo cabelo e a beijou. Sem surpresa, sem delongas.
- Você... - ela ofegou, depois de alguns segundos. - Você...
- Eu...? - ele brincava com o polegar da mão esquerda na cintura dela.
- Você!
- Seus olhos - ele a encarou.
- O que tem meus olhos?
- Eles estão mel.
- Eles são âmbar .
- Eu sei, mas agora eles estão mel, sem o verde que costuma ter.
- Isso é âmbar.
- Okay, então eles estão muito âmbar, âmbar como nunca - ambos riram. - O que isso quer dizer?
- Meus olhos mudam com o sol.
- Não tem sol aqui.
- Ou com meu humor.
- E como está o seu humor agora?
- Você vai ver - e ela o puxou para outro beijo.
Letícia não sabia exatamente o que fazer, ela estava a ponto de enlouquecer com aquilo tudo. Ela observava Gustavo de longe e, vez ou outra, ele correspondia o olhar com um sorriso. Até que, quase no fim da noite, ele se aproximou oferecendo a carona novamente. Ela estava receosa em aceitar, mas acabou fazendo-o.
- Você quer subir um pouco? Tomar alguma coisa, sei lá - Letícia disse já na porta do seu prédio.
- Tem certeza? - ela apenas deu de ombros. - Okay, então.
Ela fez sinal para que o porteiro abrisse o portão e Gustavo entrou com o carro. O trajeto até o apartamento dela foi todo feito em silêncio, cada um absorto em seu pensamento.
- O que você quer tomar?
- Pode ser um suco.
- De quê?
- Qualquer coisa.
- As opções são muitas, Gustavo. Nós poderíamos ficar aqui a noite toda.
- Não seria uma má ideia - ele sussurrou.
- O que você disse?
- Nada.
- Você vai ficar nessa?
- Qual seria essa? - ele zombou, com um sorriso no rosto.
- Assim - ela estendeu a mão, como se mostrando algo que deveria estar ali.
- Eu poderia ficar de outro jeito.
- O quê?
- Esquece, Let - ele soltou uma leve risada. - Eu quero fazer uma coisa há tempos, então... - ele pegou no braço dela, a aproximando dele.
- Então?
- Eu vou fazer - Gustavo passou a mão direita pelo pescoço dela, entrelaçando seus dedos pelo cabelo e a beijou. Sem surpresa, sem delongas.
- Você... - ela ofegou, depois de alguns segundos. - Você...
- Eu...? - ele brincava com o polegar da mão esquerda na cintura dela.
- Você!
- Seus olhos - ele a encarou.
- O que tem meus olhos?
- Eles estão mel.
- Eles são âmbar .
- Eu sei, mas agora eles estão mel, sem o verde que costuma ter.
- Isso é âmbar.
- Okay, então eles estão muito âmbar, âmbar como nunca - ambos riram. - O que isso quer dizer?
- Meus olhos mudam com o sol.
- Não tem sol aqui.
- Ou com meu humor.
- E como está o seu humor agora?
- Você vai ver - e ela o puxou para outro beijo.
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