Hope.


Naquele momento Letícia já não sentia mais medo. Ele havia dado lugar ao desespero, e esse era muito mais difícil de lidar. Gustavo tentava segurar sua mão a todo momento, e ela se sentia um pouco mais segura com isso.
- Ei, para de chorar - ele falava baixinho, enquanto corria em direção ao hospital. - Vai dar tudo certo, nós faremos com que dê.
- 24 semanas, Gustavo. Ele é do tamanho da sua mão!
- Vamos pensar positivo, hã?
- Ele nem ao menos tem um nome!
- Talvez se você chamar ele de ela, pode ser um começo.
- Whatever. Um nome pode ser o que ela precisava pra ficar aqui dentro.
- Let, pensar positivo - ele disse enquanto estacionava.
- Gustavo - Letícia o chamou enquanto saía do carro. - Eu não sinto contrações.
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